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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Uma vida é feita de escolhas


Sim, de escolhas.

Uma das poucas coisas provadas em medicina – área em que se estima que a cada 5 anos 50% do conhecimento torne-se obsoleto -, além da incontestável vantagem do uso do filtro solar, é que quem come pouco vive mais. Mas bem pouco. E estamos falando em calorias e dieta balanceada. Não em desnutridos.

O amigo Paulo fez um post em seu blog dedicado a saúde, exercício e fisiculturismo para trocar idéias sobre sobremesas que não arruinem um treino, uma dieta, ou um planejamento de vida. Ou ainda um simples prazer estético.

Quem já fez dieta sabe o sofrimento psíquico de querer comer algo que literalmente ama, ou uma comida da infância, mas esta é proibida. Nesta motivação confessou estar tentando uma receita de mousse de chocolate que possa comer. Sua empreitada não é fácil, pois a mousse é uma sobremesa francesa clássica à base de creme de leite/nata e/ou ovos, aerada e refrigerada. Em resumo: GORDA!


Deu uma ótima receita (texto dele em itálico):
- 7 claras batidas em neve até a exaustão

- 7 scoops de NO2 Micellar (probiotica) batidos com aprox. 350ml de Ades

depois de tudo devidamente batido em separado, misturei cuidadosamente e coloquei na geladeira.

provei hoje de manhã....

observações pertinentes:
- ficou meio salgado por causa da clara de ovo
- nao ficou tão aveludado quanto o da churrascaria
- nao ficou tao doce, mas ficou agradável
- nao ficou tao consistente quanto eu gostaria

perguntas que divido com vocês e aceito sugestões:
- dá para tirar o salgado das claras ou pelo menos disfarçar o gosto?
- dá para deixar mais macio sem colocar gordura no negócio?
- dá para aumentar o doce mas sem trazer aquele "aftertaste" amargo do adoçante dietético?
- se bater com menos leite de soja, fica mais consistente? como alterar a consistência?


Eu fiz umas considerações que quando testei funcionaram:

"1. bata as claras em neve em geladeira planetária, velocidade máxima , para ficar bem firme, com 1 e 1/2 colher de "cremor de tártaro" ou "pó de ume". Um segredo é deixar as hélices da batedeira no congelador antes de iniciar o processo, para que estejam bem geladas.
2. diminua o Ades à quantidade mínima necessária para o batimento uniforme no liquidificador.
3. em uma xícara de café com água quente dissolva um envelope de gelatina sem sabor. Bata com os ingredientes do liquidificador rapidamente.
4. incorpore "dobrando" com cuidado - do inglês "fold" o líquido às claras em neve, até obter a mousse homogênea. permita-se colocar uma colher de sopa de chocolate em pó Nestlé. Não tem açúcar, mas disfarça o gosto das claras e a mousse fica no estilo "chocolate amargo". Caso queira mais doce, há de se pesquisar alternativas entre Stevia, Midsugar, ou mesmo o bom e velho aspartame, em doses não exageradas."

Apenas acrescentaria que talvez o melhor edulcorante seja a sucralose, que diga-se de passagem existe desde 1976.

Observação ÓBVIA: deve ir ao refrigerador por umas 3 a 6 horas.

Mas o melhor foi ler ao final do post:

desafio:
eu dou um pote de NO2 Micellar com uma dedicatória minha para quem conseguir fazer um pudim de leite de furinhos com whey e sem leite condensado, mas tem de ficar gostoso e aceita-se uma situaçao de poucos furinhos, ou mesmo nenhum, desde que o sabor fique legal...


Então decidi publicar aqui a receita e suas variações que melhor obtive para participar do concurso. Não usei whey, pois prejudicaria o gosto. Teria de ser whey/soro de indústria alimentícia e sim, dá ótimas receitas certamente. Fiz pela aproximação com o sabor (não a aparência, que pode ser melhorada com corantes alimentares.). Não deixa de ser pregação em causa própria, pois estou voltando à academia.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Vontade de comer Chipa


Aproveitando para ligar pra mãe e pedir chipa, perú assado, arroz-de-gema e outras guloseimas...

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Mudança de Planos


Constatado que seria domingo dos pais, eu quem vou me jogar pra casa deles, passar o finde de prosa com o pai e cozinhando com a mãe. Na cozinha de fora (vide o post sobre as duas cozinhas) porque será finde de aprender a fazer direito receitas tradicionais da família! Depois repasso aqui com as devidas fotos =)
Cozinhando com esta varanda ao lado e a família ao redor. Promete. Boa semana a todos e não se esqueçam dos preparativos para o Dia dos Pais.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

"Delícias", banhas, Palmirinha e afins...

Lendo o blog do amigo Alê Bessa, que cita a velha com cara de vó rabugenta que dá receitas engordativas pela TV, lembrei-me desta ótima paródia em vídeo que tira sarro da velhinha e seus maneirismos e modos de pensar. Segue o vídeo abaixo.



Resolvi mostrar a dificuldade de seguir uma dieta adequada morando sozinho e trabalhando em hospital. A primeira foto é de um dia em que estava morrendo de vontade de comer saladas e dei uma passadinha no Viena para matar quem estava me matando. O prato ficou colorido e saboroso. Depois comi um pedaço de filé e matei a fome de uma maneira saudável. Mas quem segura a dieta quando dá plantões de 24 horas em hospitais que servem esse tipo de comida baseado em carboidratos e gordura? Detalhe, o copo descartável contêm a sobremesa "delícia de fruta". (Fotos abaixo: clique para ampliar).





quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Gordura Trans: essa desconhecida!

Até alguns anos atrás, a gente ouvia que cigarro, açúcar e colesterol faziam mal. Recentemente, começou-se a falar da gordura "trans". Você sabe o que é isso? Por que faz mal?

Até o início dos anos 1900s não havia refrigeração e uma das formas dos alimentos de origem animal ou vegetal estragarem e fazerem mal era o processo de degradação das gorduras em português chamado "ranço" ( Fonte: Houais: n substantivo masculino
1 decomposição ou modificação que sofre uma substância gordurosa em contato com o ar, dando causa a um gosto acre e a um cheiro desagradável
2 cheiro peculiar ao que é ou está úmido ou privado de renovação do ar; mofo, bafio
3 Derivação: sentido figurado.
coisa de caráter obsoleto, ou que perdeu a atualidade, se tornou antiquado
4 Regionalismo: Alentejo.
sentimento de ódio, rancor
n adjetivo
5 m.q. rançoso).
Nessa época foi desenvolvido o processo industrial de hidrogenação, para aumentar o ponto de fusão das gorduras (em geral vegetais) e assim permitir sua conservação por mais tempo.

Na natureza, ocorre em pequenas quantidades. A biohidrogenação, que ocorre quando os ácidos graxos ingeridos por ruminantes são parcialmente hidrogenados por sistemas enzimáticos da flora microbiana intestinal destes animais. Mas a maioria dos alimentos que contém gordura trans, contem gordura proveniente da hidrogenação industrial. Nesse processo são misturados hidrogênio gasoso, óleos vegetais poliinsaturados, um catalisador que geralmente é o nitrogênio, sob pressão e temperatura apropriadas. Esse processo vai resultar em ácidos graxos com ponto de fusão mais alto, devido a orientação linear nas moléculas trans e ao aumento no índice de saturação, e maior estabilidade ao processo de oxidação lipídica.

O que foi um avanço nos anos 1900s, quando se morria por intoxicação alimentar por ingesta de alimentos deteriorados/estragados, a partir dos anos 1990, quando a expectativa de vida subiu bastante passou a ser problema. Pois as gorduras que foram hidrogenadas passam a ter pontos de fusão acima da temperatura do organismo humano (36°C), causando arteriosclerose.

Outros riscos das gorduras trans nos alimentos em estudo são: câncer, diabetes tipo 2, obesidade, disfunção hepática e infertilidade.

Na natureza, ocorre em alimentos de origem animal em pequenas quantidades (carne de ruminantes e laticínios). Mas na indústria alimentícia foi amplamente usado para melhorar a durabilidade de enlatados, a aparência e textura de frituras, entre outros usos. Nos últimos anos têm sido substituídas e banidas da alimentação.

Bom ver que o bom de umas épocas é o ruim de outras... Ajuda-nos a ter uma perspectiva mais humilde de nossas opiniões...

sábado, 29 de setembro de 2007

Amigos são a família que escolhemos...



Amigos são a família que escolhemos. E a família que escolhi nestes 13 anos em que moro em São Paulo é paulistana e tem uma tradição bem ao gosto da selva de pedra: jantar reunida na pizzaria. Não uma dessas pizzarias familiares tão conhecidas, mas no moderno e sempre aconchegante Piola Jardins. Logo alí, na Alameda Lorena, 1765. Dá pra ir à pé da academia.

Minha principal companhia quando a família não está toda reunida, mas o jantar é intimista e a 2 é minha "irmã" Ana Paula, a Paulinha, que está morando em Copenhague, na Dinamarca, trabalhando em uma organização internacional. Para ela deixo a foto de uma das pizzas deliciosas do Piola, de massa bem fininha e recheio saboroso, mas leve. Pizza para não pesar na consciência, sem deixar de ser deliciosa. Na esperança de breve estarmos novamente numa daquelas mesinhas redondas ou quadradas, comendo nossa pizza favorita, a apimentada Diavola (molho de tomate, mussarela e salamino picante)...



Pena que a tecnologia não evoluiu o suficiente para que eu possa mandá-la um pedaço dessa pizza, para comermos enquanto nos falamos pelo Skype :)

sábado, 4 de agosto de 2007

Cozinhas



Ultimamente tem um monte de blogs que têm se dedicado a comentar restaurantes e opções gastronômicas. Em cidades como São Paulo, pouca gente cozinha em casa. Menos gente ainda SABE cozinhar.

Hoje estava vendo um post antigo no blog do Duilio na Folha on Line, em que ele escreve: "

Tenho ido a vários apartamentos que têm cozinhas bonitas, tudo novinho, geladeira daquelas que estão na moda, toda metálica, fogão, pia e bancada tudo caro.

Uma prateleira cheia de potes, talheres de cozinhar pendurados. Tudo um luxo.

A reforma do apartamento, normalmente, abre a cozinha para sala. Fazendo uma coisa quase decorativa.

A única coisa estranha é que esses amigos raramente cozinham e normalmente pedem comida pronta por telefone.

A cozinha está sendo, aos poucos, deixada de lado como centro social da casa."

Isso me trouxe a reflexão de uma tradição em minha família, de descendência italiana, que já dura há pelo menos quatro gerações, que eu saiba. As casas tem duas cozinhas sempre, uma como a acima descrita, decorada, bem arrumada, onde mais se guardam coisas em geladeira como bebidas e pequenos insumos para lanches (presunto, queijo, requeijão, pão de forma, iogurte, leite, etc...) e uma mesa para cafés da manhã, da tarde e lanche da noite. Está sempre limpa e agradável. Fica dentro do corpo principal da casa.



Numa edícula ou varanda nos fundos ou lateral da casa, dando em geral para o quintal ou jardim, há uma segunda cozinha, geralmente com fogão industrial (família grande e minha mãe, cozinheira de mão cheia, não abre mão de um fogão que segundo ela cozinha bem mais rápido), geladeira com carnes, legumes da feira sempre frescos, queijos e restos de vinhos abertos e não totalmente consumidos para serem usados em receitas especiais. Geralmente há ali também os doces e sobremesas. Deliciosos pudins, pavês e outras iguarias (ainda bem que visito pouco, ou já estaria uma baleia, hehehe). Nesta cozinha preparam-se as refeições, sempre de múltiplos pratos, de forno e fogão. Nela sentamos e conversamos enquanto uma das pessoas da casa, em geral a mãe, mas pode ser outra, cozinha e os demais bebem e conversam, algumas vezes ajudando a picar, descascar, ou mesmo lavando um pouco da louça. Toda a louça da casa é trazida para ser lavada nesta cozinha. Nela há máquina de fazer macarrão manual, moedor de carne também manual usado para moer arroz amanhecido para o preparo de bolinhos de arroz e nela guardam-se louças, talheres e copos, em sua maioria, bem como as panelas e utensílios de cozinha. A decoração é simples, primando mais pela organização e LIMPEZA e a geladeira pode ser velha, a toalha da mesa antiga (sim, as duas cozinhas têm uma pequena mesa). Mas nela não se come. A mesa é para sentar-se e bater papo, beber e ajudar nos preparos. Nela, quando muito, experimentam-se as comidas. As refeições são servidas nos dias quentes em uma grande mesa (grande mesmo) de madeira na varanda - nos dias quentes, ou na mesa da sala de jantar - em dias frios, chuvosos ou ventosos, ou ainda em datas especiais.

Além de ternas lembranças de infância, sempre me impressionou como um sistema agradável, que reúne a família em torno da comida - sem exageros, na minha casa ninguém é gordo - além de extremamente funcional. Saudades...

Obs:(esta última foto, de 1918, é exageradamente antiga. Mostra uma antiga cozinha rural dos EUA).