sábado, 27 de junho de 2009

Nossa Língua Portuguesa


Bem mais que falar do Museu da Língua Portuguesa na Estação da Luz em São Paulo, que achei bem sem graça, prefiro falar de dicionários, mais uma herança cultural que devo a meu pai.
Quando era criança e depois adolescente, sempre havia em casa 2 ou 3 dicionários, e sempre que tinha dúvida de uma palavra meu pai me obrigava a procurar. Hoje lhe sou grato. A linguagem nos separou dos animais ditos irracionais e a escrita fundou a História Universal.

Já citada aqui em artigo anterior:

"...quando se corrompe a linguagem, logo se corrompe o pensamento".
Doris Lessing - Nobel de Literatura 2007
A escritora britânica foi a décima primeira mulher a receber a honraria em 106 anos de premiação em 2007 e também a pessoa mais velha a jamais ter recebido o prêmio literário.

O dicionário Aurélio sempre achamos em casa "meia boca". Apesar de bem feito, não era tão abrangente como outros.

No Brasil, o melhor dicionário jamais feito foi o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, publicado inicialmente em 2001 no Rio de Janeiro (pasmem - risos), num projeto ambicioso iniciado em 1985 pelo lexicografista Antônio Houaiss, que faleceu pouco antes de ver a obra completa. Foi uma empreitada de 16 anos com mais de 150 profissionais de diversos países lusófonos.

Aclamado pela mídia brasileira como "o mais completo dicionário brasileiro" e "imbatível", desbancou o tradicional Aurélio, que chegou a ser sinônimo no Brasil de dicionário. Traz cerca de 258.500 verbetes e custa entre 200 e 350 reais, dependendo da versão e da loja (estava conversando isso ainda hoje com o Pavi, apaixonado por idiomas como eu). Um de seus grandes diferenciais é a inclusão da abordagem etimológica das palavras (explicando sua origem / raiz). O dicionário também apresenta uma versão adaptada para o mercado de Portugal.

Na minha opinião, perde na abrangência para o "Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa", mais conhecido como "Dicionário Caldas Aulete", com 818 mil verbetes, porém menos atualizado que o Houaiss. Meu pai tinha a versão completa, em cinco tomos, e eu me fascinava com ele. É um dicionário português.

Hoje todos eles possuem versões eletrônicas ou on line.

Útil para todos, todo lar deveria ter um =D

Um comentário:

O baú da Teca disse...

Eu já tenho, eba!
Beijos e lhe espero em Curitiba!
Teca