quinta-feira, 19 de março de 2009

Saiam de seus armários!


" In high school, while your children were doing what kids that ages should be doing, mine labored over a suicide note, drafting and redrafting it to be sure his family knew how much he loved them. My sobbing 17-year-old tore the heart out of me as he choked out that he just couldn't bear to continue living any longer, that he didn't want to be gay and that he couldn't face a life without dignity. You have the audacity to talk about protecting families and children from the homosexual menace, while you yourselves tear apart families and drive children to despair. I don't know why my son is gay, but I do know that God didn't put him, and millions like him, on this Earth to give you someone to abuse. "

Sharon Underwood

Do portal LGBT da Wikipedia....

Sharon Underwood é uma mulher americana que tornou-se ativista pró-direitos homossexuais e ganhou fama nacional após escrever uma carta - vide trecho acima e tradução abaixo - denunciando o tratamento discriminatório e abusivo do qual seu filho era vítima na escola em que estudava. Algo assim:

"No curso secundário, enquanto seus filhos faziam o que garotos da idade fazem, o meu dedicava-se a uma carta de suicídio, escrevendo e reescrevendo-a para certificar-se de que seus familiares soubessem o quanto os amava. Soluçando, meu filho de 17 anos despedaçou meu coração ao confessar que simplesmente não suportava mais viver, que ele não queria ser gay e não podia encarar uma vida sem dignidade. Vocês têm a audácia de discursar sobre proteger as famílias e as crianças da ameaça homossexual, enquanto ao mesmo tempo destroem famílias e levam menores ao desespero. Eu não sei o porquê de meu filho ser gay, mas certamente sei que Deus não o pôs, e milhões como ele, neste planeta, para dar a vocês a quem abusar".


Inspirado em um post do Ludo e na campanha que vem circulando na internet para apoio ao projeto de lei que criminaliza a homofobia, resolvi escrever este texto.

Recentemente foi premiado nos EUA um filme ainda não lançado no Brasil (coloco o trailer abaixo), intitulado Prayers For Bobby, em que uma mãe presbiteriana conservadora pressiona tanto seu filho em dúvida quanto à sua orientação sexual que o mesmo se suicida. Baseado em uma história real, o filme mostra que tarde demais a mãe compreende que o amor a seu filho deve ser maior que seus preconceitos e vira também famosa ativista pró-homossexuais. Também mostra que há padres e pastores cristãos que acreditam que Deus ama a TODOS os seus filhos como os criou. Que não cabe a nós julgar nosso próximo.

Recomendo o filme e a reflexão sobre o tema e discussão sempre que possível com amigos e familiares.

Em tempo agradeço ao amigo e blogueiro BHY pela divulgação na blogosfera gay e na comunidade em geral do abaixo-assinado contra a homofobia (assine aqui). A ele dedico este post.

2 comentários:

BHY disse...

O assunto é sempre tão comovente, não é? Gostei muito do texto, Alê. É simples e contundente. Parabéns. E muito obrigado pela dedicatória. Gostei muito. ;-)

K. disse...

Estou pra fazer um post sobre o filme... Ele mexeu um tanto comigo por causa dos meus pais...

ötima lembrança!