sábado, 17 de maio de 2008

17 de maio

17 de maio (ao contrário do que diz o corretor ortográfico do Word em português os meses são escritos em minúsculas) é o DIA INTERNACIONAL DE COMBATE À HOMOFOBIA. Não se omita de denunciar casos de violência ou discriminação e evite que casos como o espancamento deste professor em São Paulo se repitam.(Foto aqui)
Dia 15 de maio, como pode ser visto em imagem na coluna da direita do blog, foi o dia de ação dos blogs pelos direitos humanos. Cada blog deveria abordar um tema relacionado ao assunto para tentar fazer a diferença. Eu escolhi abordar o tema da depressão, doença cotidiana que afeta a muitos e poucos no Brasil e no mundo tem acesso a tratamentos eficazes que já existem!
Hoje vou contar a história de uma heroína polonesa da Segunda Guerra Mundial pouco conhecida, e que como quase todos os heróis, numa paródia a Policarpo Quaresma, morrem na pobreza e esquecidos. Assim como ocorreu com Oskar Schindler, que morreu na pobreza na Alemanha antes de ter seus méritos tornados públicos à humanidade por Steven Spielberg no filme "A Lista de Schindler".

Irena Sendler (ou Irena Sendlerowa ) salvou 2.500 crianças judias do gueto de Varsóvia.




Nascida em 15 de fevereiro de 1910, foi uma desconhecida durante muitos anos para os poloneses. Apenas em março de 2007 a Polônia lhe prestou uma homenagem solene e seu nome foi proposto ao prêmio Nobel da Paz.

Já o memorial israelense do Holocausto Yad Vashem, lhe entregou em 1965 o título de “Justo entre Nações”, destinado aos não-judeus que salvaram a vida de judeus.

Ela era assistente social. Em 1940 passou, correndo os riscos que vemos nos filmes, a fornecer roupas, alimentos e remédios aos moradores do gueto em que os nazistas haviam segregado os judeus.

Irena conseguiu retirar de maneira clandestina milhares de crianças do gueto, com o amparo de famílias católicas e conventos.

"Fomos testemunhas de cenas infernais quando o pai estava de acordo, mas a mãe não", comentou a um site na internet dedicado a ela (www.dzieciholocaustu.pl).

As crianças eram escondidas em maletas e retiradas por bombeiros ou em caminhões de lixo. Em alguns casos chegavam a ser escondidas dentro dos abrigos de pessoas que tinham autorização para entrar no gueto.

Claro que eventualmente Sendler foi presa, em sua casa em 20 de outubro de 1943.

Durante o período em que ficou detida no quartel-general da Gestapo, foi torturada pelos nazistas que quebraram seus pés e pernas. Ainda assim, ela não deu informações. Logo depois, foi condenada à morte, mas foi salva quando a conduziam à execução por um oficial alemão que a resistência polonesa conseguiu corromper.

Sendler continuou sua luta clandestina sob uma nova identidade até o final da guerra, trabalhando como supervisora de orfanatos e asilos em seu país.

Nunca se considerou uma heroína. "Continuo com a consciência pesada por ter feito tão pouco", declarou.

Devido ao seu estado de saúde delicado, Irena Sendler não participou da cerimônia que lhe homenageou em 2007, mas enviou uma sobrevivente, salva por ela em um gueto quando bebê, Elzbieta Ficowska, em 1942, para ler uma carta em seu nome.

"Convoco todas as pessoas generosas ao amor, à tolerância e à paz, não somente em tempos de guerra, mas também em tempos de paz", escreveu.

Faleceu em 12 de maio último.

Reconhecimentos que recebeu em vida:

-em 1965, reconhecida para inclusão no Yad Vashem (vide acima), o que foi confirmado pele Suprema Corte de Israel em 1983. Ela também recebeu a comenda Cruz dos Comandantes do “Israeli Institute”.

Em 2003, o então Papa João Paulo II enviou uma carta pessoal a Sendler, glorificando seus esforços da época da guerra.

Em 10 de outubro de 2003, Sendler recebeu a comenda “Ordem da Águia Branca”, a mais alta condecoração civil da Polônia. Também recebeu o Prêmio Jan Karski “por Corgem e Coração”, que é outorgado Pelo Centro Americano de Cultura Polonesa, em Washington.

Em 14 de março de 2007 foi homenageada pelo Senado Polonês. O Presidente Polonês Lech Kaczynski a nomeou ao Prêmio Nobel da Paz. Aos 97 anos, incapaz de sair do asilo em que vivia por dificuldade de locomoção para receber a homenagem, ela enviou uma mensagem pela sobrevivente que salvou.

Escrevendo isso acho que tenho reflexão suficiente para a semana...

9 comentários:

Jackson Morais disse...

Lindo texto e muito obrigado pela união.
;-)

Leo Gross disse...

oi ale lucas! obrigado pelo elogio la no blog do carioca! foi show fazer o site da flex e o resultado é a galera curtir, pois vc sabe o quanto o publico gls é exigente ne?...
seu blog é bem bacana tb , vez ou outra dou uma passada aqui tb! bjs
leo

João Paulo disse...

pelo menos ela recebeu homenagens em vida!!!
e claro que ela morreu feliz!

Gui Sillva disse...

Ótima atitude!!!
Não sabia à respeito do dia 15 de maio, dedicado a ação dos blogs pelos direitos humanos. aliá,s ando sabendo de pouca coisa....

Depressão é doença e deve ser tratada....pena que no Brasil...afff...vc já sabe!

e adorei a ironia do mês...realmente é minúsculo!

João Paulo disse...

adoro ela!

acho que morreu muito feliz!

untitled disse...

Obrigada por me fazer refletir.

untitled disse...

Obrigada por me fazer refletir.

Alexandre Lucas disse...

Servimos bem para servir sempre.

Alexandre Lucas disse...

Infelizmente perdeu o Nobel da Paz para Al Gore e sua apresentação em Powerpoint sobre as mudanças climáticas.