sexta-feira, 24 de julho de 2009

Saudades do Ernesto Geisel

"Nosso serviço público viveu uma curta etapa de boa qualidade, conduzida pelo Departamento Administrativo do Serviço Público criado pelo presidente Vargas (1938), a que a reforma do governo Castelo Branco deu alento modernizador. Já no pós-Constituição de 1988 ele vem deixando a desejar (...).
(...) Além de secundarizar a competência, o comissionamento faz uso de despautérios, entre eles o difuso conceito de assessoria, estendido da assessoria efetiva à atividade de contínuo, à assessoria nenhuma. Nosso comissionamento viciado - "profissão" de servidores que (...) mudam aleatoriamente de cargo porque são ecleticamente habilitados (serão mesmo?) para todos (para ser trabalhador de empresa pública há concurso, para ser seu presidente basta cacife político) - aproxima nossa democracia dos autoritarismos do século 20."

Mario Cesar Flores (almirante-de-esquadra reformado) - O ESTADO DE S. PAULO, 24.07.2009, p. A2

3 comentários:

Unknown disse...

o que ele sugere?Uma volta á ditadura?um abraço.

Pavinatto disse...

Olha, sinceramente, creio que não se saiba onde o almirante quis chegar. Minha sugestão pessoal (minha interpretação do exto integral) é uma resposta afirmativa à sua pergunta - parece que ele está saudoso da Revolução, mas tenta mascarar a intenção com a colocação final do trecho. Agora, sem ser dualista (zoroastrista utópico), nem toda merda é só merda (às vezes achamos um graozinho de milho verde). VALE A PENA RELER POST PUBLICADO PELO ALÊ HÁ 20 DIAS: http://rhdoinferno.blogspot.com/2009/07/presidentes.html

Alexandre Lucas disse...

james p.: a minha leitura é mais de que há de se contratar por concurso público. Nomeações livres e irrestritas apenas geram abusos e fisiologismo.