Todo um desenrolar de xôxo num post aparentemente inocente do Tony Goes sobre títulos de novelas. É que numa certa altura dos comentários aparece um tal de Lucas Maia com o seguinte comentário:
Tony,
Meu nome é Lucas Maia. Sou estudante de jornalismo na PUC-Rio e repórter do portal da universidade. Tudo bom?
Seguinte: a pedido do Arthur Dapieve (de "O Globo" e meu professor), preciso escrever um perfil. E gostaria muito, por uma série de motivos, que você fosse meu perfilado. Além de leitor do blog, acho que você é exceção tanto no mundo gay quanto na blogosfera.
Sei que você vem ao Rio com alguma frequência e queria saber, se em alguma dessas vindas, você toparia me dar uma entrevista. Coisa rápida, meia hora. Que tal?
Pesso desculpas por escrever isso nos comentários do blog, mas procurei seu e-mail, MSN, qualquer negócio, mas não encontrei. Teve que ser por aqui mesmo.
Bem, se gostar da idéia, você pode me escrever por e-mail (labreumaiaarrobagmailpontocom), MSN (unprodigal_fallenarrobahotmailpontocom) ou aqui pelos comentários mesmo!
Um abraço e obrigado
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Lucas
Franco que sou e desafeito ao trabalho braçal, confessei que houve uma novela da Globo em que escrevi uma carta ao autor pedindo para o Jatobá - que era cego - morrer atropelado no final e DECLAREI-ME IMPEDIDO. Apesar de cego o cara era um mala. Com esse golpe de sorte encaminhei os casos para nosso especialista em politicamente correto, o TOM.
Tenho uma amiga gaúcha que é cega por seqüela de diabetes, contudo não sou politicamente correto e este não é o motivo da amizade. Admiro muito quem supera suas barreiras pessoais - e todos as temos em maior ou menor grau, em diversas qualidades e gravidades.
Parabéns ao Lucas e votos de sucesso.
Em tempo, há página sobre ele no sítio da PUC-RJ aqui e, pra quem comoveu até o Pavinatto, repito os parabéns pela superação.
Bem, "peço" desculpas pelo erro. De fato, fica muito feio um estudante de jornalismo cometer um erro ortográfico. Existe, contudo, uma razão pra isso: sou cego e, quando teclo, não vejo - obviamente! - o que está saindo na tela. Além disso, não fui alfabetizado em braille, e oriento minha grafia basicamente pela fonologia das palavras. E como qualquer um de vocês pode deduzir, "pesso" e "peço" soam exatamente o mesmo. Enfim, a maioria de vocês não vai acreditar nisso anyway. C'est la vie. ^^
PS: Para as perguntas (tão naturais quanto inevitáveis) de como acesso o computador, faço uso de um programa desenvolvido pela UFRJ, chamado Dosvox (http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox). Mas existe um número de programas para cegos, chamados leitores de tela. Fazem precisamente isso: lêem o que está escrito na tela do computador.
2 de Abril de 2009 20:01