(Inicio pedindo desculpas por um dos posts mais longos deste blog).
Como diria o saudoso personagem do rádio “Djalma Jorge”, estava eu, indo comprar cerejas chilenas para o meu ornitorrinco, quando deparei-me no blog do blogayro amigo Celso Dossi com uma citação de Drummond sobre a felicidade. Adoro Drummond, adoro citações, adoro amigos – em especial os blogueiros) e adoro falar de felicidade.
Desde que nossos ancestrais desceram das árvores (sim criacionistas, matem-se de inveja, pois temos os fósseis e vocês apenas a bíblia), nossas vidas são compostas de uma miríade de momentos e de sensações com seus diversos estados e interpretações emocionais por nós associados, de forma consciente ou não.
Mas desde os malfadados anos 90, o individualismo e a competitividade exagerados, aliados à “aglomerada solidão” das grandes cidades da qual já falava o genial Gonzaguinha, levou-nos a uma guinada cultural em que a felicidade deixou de ser uma dádiva de momentos de vida e uma obrigação de estado contínuo INATINGÍVEL e falso de excitação.
Deixo a dica na imagem: tenhamos felicidade a cada dia vendo o fogo arder, o pôr do sol, abraçando a um amigo, deitando-se no colo da mãe, do(a) namorado(a) ou mesmo falando com a irmã ao telefone. SEJAMOS FELIZES!
Abaixo algumas citações de pessoas que sabem, certamente, e pensaram muito mais do que eu:
"Os homens de profunda tristeza se denunciam quando estão felizes: têm uma maneira de agarrar a felicidade, como se a quisessem esmagar e sufocar, por ciúme - eles sabem muito bem como ela escapa!" - Friedrich Nietzsche, Além do Bem e do Mal
"Sonhe com aquilo que você quiser. Seja o que você quiser ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que se quer. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana e esperança para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem o que fazer das oportunidades que aparecem em seus caminhos..."
Clarice Lispector
"Não possuir algumas das coisas que desejamos é parte indispensável da felicidade."(Bertrand Russel)
É PROIBIDO
Pablo Neruda
É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.
É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,
Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos
Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,
Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,
Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos, seu sorriso,
só porque seus caminhos se desencontraram,
Esquecer seu passado e apagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,
Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,
Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,
Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.
6 comentários:
“Ela acreditava em anjos, e porque acreditava eles existam”. CL
“Depois de algum tempo você aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longa distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida!!!!!!!!
William Shakespeare
Caso nunca tenha dito, aí vai: obrigado por fazer os nossos – ou ao menos, os meus – dias tão divertidos ao ler o RH. E fazer acreditar sempre. Em tudo que há de melhor!
Adoro-te!
Gueeee
só discordo qdo vc fala que esses sintomas são dos anos 90.. são de muito antes, pelo menos do meados do século passado.
ai.. ai Clarice é demais
Kundera, em A Identidade
Vivendo nossa miséria, podemos ser feizes ou infelizes. É nesta escolha que consiste nossa liberdade. Somos livres para moldar nossa individualidade dentro do caldeirão da multidão com um sentimento de derrota ou de euforia. Nossa escolha, minha cara senhora, é a euforia"
(algo assim, traduzi rapidinho agora porque lembrei desse trecho ao ver o post!)
Klero, ADORO Kundera, que inclusive já foi moda, né? Mas o considero muito pesado para um domingo à noite, hehehe ;)
Alberto, sem dúvida a situação foi construída ao longo do século, mas a materialização descarada veio nos 90. Os 80 tinham um ar de "tudo pode dar certo" e "o importante é competir" ;)
Guee,
Obrigado por alegrar a tantos dos meus dias.:)
Felicidade é o colo da mãe.
assino em baixo cada letra ! abração
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