sábado, 24 de novembro de 2007

Com todos os defeitos... Alguém tem que falar a verdade!


"Faremos o possível e o impossível para que saibam falar bem a nossa língua. É por isso que em Minas Gerais o ensino passou para nove anos, e não quatro. Queremos brasileiros bem-educados, e não liderados por gente que despreza a educação, a começar pela própria".

FHC no encerramento do 3º congresso do PSDB, em Brasília.

Fernando Henrique Cardoso (Rio de Janeiro, 18 de junho de 1931) é um sociólogo, professor universitário e político brasileiro. Foi presidente do Brasil por dois mandatos consecutivos, de 1° de janeiro de 1995 a 31 de dezembro de 2002. É co-fundador e, desde 2001, presidente de honra do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira).

É também comumente conhecido por seu acrônimo FHC. Atualmente Fernando Henrique Cardoso atua como professor at large no Instituto Watson para Estudos Internacionais, da Universidade de Brown, nos Estados Unidos.(Fonte; Wikipédia em português)

FHC merece nosso respeito por ter preservado o princípio da alternância de poderes, fundamental na democracia, e por ter passado a faixa presidencial ao vencedor oposicionista, conforme rezava a Constituição Federal.

6 comentários:

Filipe disse...

Ei Alexandre,
tudo bem? Sou um leitor anônimo :P, sempre passo por aqui, sem me manifestar. A propósito, adoro seu blog :)

Em relação a este post, tenho que dizer que discordo com o que foi escrito.

Sim, MG aumentou o tempo do estudante na escola, mas no entanto, o ensino não mudou tanto assim (tanto que o Sul continua como o local do melhor ensino público no País).

Fora que em MG, assim como em muitos Estados do norte/nordeste/centro-oeste, ainda se encontra "escolas" que são, na verdade, currais, ou espaços improvisados em baixo de árvores... Coisa que envergonha e faz questionar tal qualidade que eles afirmam tão contundentemente (sem falar que tais "escolas" contam como escolas formalmente existentes - o que o são, de fato, ainda que em condições indignas para prover uma educação de qualidade - e, por existirem, garantem à Administração Publica estadual e municipal um rio de dinheiro da verba destinada à educação...).

Por fim, o ponto em que você exalta FHC por 'preservar o sistema de alternância de poderes'... tipo, ALLOW!! Foi o cara que criou a possibilidade de reeleição presidencial, mudando a Constituição Federal, que vetava expressamente tal situação. Mudança, aliás, que custou rios de dinheiro aos cofres públicos, pois para conseguir aprovar a emenda constitucional, FHC teve que comprar o apoio de muuuita gente. Inclusive de seus aliados.

E que alternância de poder você enxerga quando o ex-presidente apoiou tão fortemente o candidato do seu partido? Que, alias, ele indica, numa reunião exclusivíssima realizada por 3 pessoas (a ultra-cúpula do PSDB), da qual nem os candidatos participam...

É, meu caro, as coisas não são tão simples assim em nosso Brasil...

Pra finalizar, para corroborar com minha opinião de que democracia nao é apenas eleição e alternância de poder, recomendo a leitura de um artigo publicado na Folha de São Paulo da ultima segunda feira, 19/11 (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1911200706.htm).

Abraço!

PS: Não sou PTista e também acho Lula um embuste, que veste a carapuça de 'o presidente dos pobres' pra se dar bem as custas dos miseráveis, sem fazer nada muito concreto por eles. :)

Alexandre Lucas disse...

filipe, obrigado pela dica do texto da Alba Zaluar. Ela é ótima e sempre a leio na Folha.

Muito do que disse concordo, por isso o título do blog começa com: Com todos os defeitos...

Alexandre Lucas disse...

Ah, e filipe, seja sempre muito bem vindo :) Tecla de onde?

Filipe disse...

Ei Alexandre,
eu sou de Vitória/ES.
o amigo do Gui Silva, Gente Fina :P
:)

E nao me convide para voltar sempre, porque senao vou me sentir em casa e começar a blogar em seus comentários. Ai voce fica com raiva e deleta o blog, como fez o BHY (hUAHua... brincadeira. eu adorava comentar os posts dele, que me sugeria criar um blog meu, mas nao tenho vontade. Agora achei você para ser meu novo co-blogger :P)


Desculpe-me se pareci exaltado em meu comentário. Nao foi minha intenção, tá? Estava calmíssimo quando escrevi (e feliz, porque estava comendo jujuba, que eu adoro :P)

percebi a ressalva do "mesmo com todos os defeitos", mas continuo acreditando que o último parágrafo é incoerente, porque FHC nao respeitou/preservou alternância de poderes de forma tão romantica assim, como parece descrita no seu post. Ele nao passou porque quis ou acredita na necessidade de alternar partidos no poder, mas sim porque perdeu. Se ele pudesse, teria passado a faixa para o Serra, mas como este perdeu pro Lula, teve que passar pro Barbudo mesmo, o tal 'oposicionista vencedor'.

E nao passar nao era uma possibilidade, nem remotamente considerando, pois senao ele violaria a Constituição, viraria um pequeno ditador (a lá muitos que existem na América Latina) e provocaria uma polêmica/celeuma tão sem procedentes na historia recente do nosso país, que abalaria fortemente sua imagem de grande pensador político, que lhe concedeu beneces tais como ser professor em vários lugares do mundo (França, EUA, etc...).

A conveniência move o mundo e a política, mon cher. :)

Bem, deu pra ver que meu 'calo' é o último parágrafo, hUAHUa. Se nao tivesse, talvez eu nem tivesse comentado nada aqui... Mas vale a discussão. :)

abraçao! e pode deixar que eu voltarei a me manifestar (e prometo que os proximos vão ser comentários pequenos :P)

Alexandre Lucas disse...

Fique à vontade quanto ao tamanho dos comentários. Claro que o FHC preferia ter passado a faixa ao Serra "cinza" que ao "Sapo Barbudo", para um tucano que para um petista. Da mesma forma como George W. Bush prefere passar o governo para um Republicano. Só passará a um democrata se for obrigado pelas instituições republicanas americanas, dentre elas a eleição e a Suprema Corte. Mas não abro mão que alternância de poder é fundamental no regime democrático, que considero ainda o menos ruim de todos. Esse é um dos motivos pelos quais considero Chávez um ditador perigoso...

Filipe disse...

concordo plenamente. alternância é essencial. mas uma alternância real, e nao apenas de 'rostos que representam o mesmo partido'. E, sim, a democracia é um regime político cheio de falhas, mas é o menos pior entre a possível triade democrático-autoritário-totalitário. Sou o maior defensor dela, acredite! :)

E chega de comentar este post. o próximo comentário vai ser em um post diferente, i promise! :D

=*