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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Geisel

Estes dias passou pelo meu gabinete aqui no RH de surpresa mais uma vez o Presidente Geisel. Ele veio para, entre uma bombeada de mate e outra, contar umas do Sarney.

Não sabia que ele é o parlamentar mais antigo em atividade, tendo sido eleito deputado federal pela primeira vez em 1955. Passou pela ARENA, UDN, PDS, sempre na situação e sempre entre muita gente de bem. Hoje é um dos probos do PMDB.

Adversários políticos e jornalistas consideram o período de poder da família Sarney no Maranhão como uma época de "dominação" da "mais antiga oligarquia". Segundo a revista Veja, "o resultado desse domínio é visível a olho nu: a família Sarney está milionária, mas o Maranhão lidera o ranking brasileiro de subdesenvolvimento." Uma "planície ágrafa" - FSP. Há também o controle quase absoluto das concessões públicas de comunicação e o uso do convento das Mercês como sede do Memorial José Sarney.

Geisel não se furtou a admitir que teve sua parcela de culpa ao ter nutrido essa estirpe.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Carruagem de Fogo


A imagem do post anterior (censurado) é uma concepção artística da carruagem de fogo do Profeta Elias, e me faz lembrar de escrever mais uma crônica de fato fictício (para os que preferirem), de acontecido esta semana.

Estava eu jogando Mafia Wars no "feicibuqui" - meu novo vício cibernético - quando a Tábata anuncia a presença ilustre de um nosso ex-presidente: Juscelino Kubitschek de Oliveira (Diamantina, 12 de setembro de 1902 — Resende, 22 de agosto de 1976). Claro que estava aqui apenas para uma visita, um café e um bom papo. Pelos seus anos luminosos no Governo Federal, foi agraciado com o andar superior, com liberdades para ir e vir. Conseguiu, como poucos, ser médico, militar e político de expressão nacional.

JK, como até hoje prefere ser chamado, muito se orgulha, e com razão, de ter sido eleito pelo voto direto. Sedutor e simpático como de praxe, foi logo estendendo a mão e adiantando que vinha a pretexto de boas novas. Esteve reunido com Senadores da "Nova República" e do "Regime Militar", todos de São Paulo, para uns goles de uísque e umas baforadas de charuto. A lista, embora seleta, era significativa. Estavam presentes: Alexandre Marcondes Machado Filho, Antônio Barros Filho, Auro de Moura Andrade, Monsenhor Benedito Mário Calazans e André Franco Montoro (um corajoso lutador pela redemocratização).

Comecei a ouvir cético, pois não acredito em senadores que são padres e em líderes de partidos comunistas que acreditam em Deus. Mas, num país em que banco nem parece banco, vai se dizer o que?

Alguns, como Mauro Andrade, arrependeram-se posteriormente de ter apoiado a princípio o Golpe Militar de primeiro de abril. Mas, de arrependidos, estamos lotados. O fato é que JK me explicou que estão alvoroçados com o mar de lama do Senado. Verdade que a lama vem desde os tempos do Palácio do Conde dos Arcos, a primeira sede do Senado. Mas as coisas têm se avolumado e o que parecia um passo à frente para o fim do coronelismo mostrou-se ineficaz face aos passos para trás que deram-se nestes anos. Imagine uma família que domina a política em dois Estados da Federação. Imagine um político inexpressivo que chegou por prestidigitação à Presidência da República, sem falar que foi um indireto.

A conversa foi longa e não posso revelar detalhes, mas foi-me garantido que não há mal que não tenha fim.

Termino agradecendo ao Pavi por ter orientado a criadagem a servir o tal "café Jacu Bird" apenas ao convidado. Eu, passo. Prefiro um seguro Nescafé.