domingo, 25 de outubro de 2009

Ensinamento Pesadinho do Dia - Palavras de Mestre

Tem coisas que só Celso Dossi traz:

"Eu conheci razoavelmente bem Clarice Lispector. Ela era infelicíssima, Zézim. A primeira vez que conversamos eu chorei depois a noite inteira, porque ela inteirinha me doía, porque parecia se doer também, de tanta compreensão sangrada de tudo. Te falo nela porque Clarice, pra mim, é o que mais conheço de GRANDIOSO, literariamente falando. E morreu sozinha, sacaneada, desamada, incompreendida, com fama de "meio doida”. Porque se entregou completamente ao seu trabalho de criar. Mergulhou na sua própria trip e foi inventando caminhos, na maior solidão. Como Joyce. Como Kafka, louco e só lá em Praga. Como Van Gogh. Como Artaud. Ou Rimbaud.”
Caio Fernando Abreu

6 comentários:

BHY disse...

A felicidade emburrece, ou melhor, dá preguiça de pensar ao invés de aproveitar. Só quem se encontra miseravelmente lúcido pode descobrir a si mesmo, como Clarice descobriu. ;-)

Anônimo disse...

Não tenho paciência para literatura brasileira. Só para Clarice (e Graciliano Ramos), que adoro. Você já viu alguma entrevista dela? É ótimo!
Sobre Kafka, li vários contos e não consegui avançar em “Metamorfose”. A verdade é que não o compreendi ainda (ainda!).

Anônimo disse...

Não tenho paciência para literatura brasileira. Só para Clarice (e Graciliano Ramos), que adoro. Você já viu alguma entrevista dela? É ótimo!
Sobre Kafka, li vários contos e não consegui avançar em “Metamorfose”. A verdade é que não o compreendi ainda (ainda!).

K. disse...

eu realmente acredito que a produção artística vem de almas mais sofridas...

Alexandre Lucas disse...

"O melhor só se adquire à custa de um grande sofrimento. Pelo menos, é o que diz a lenda."

Unknown disse...

Clarice realmente parecia ter uma compreensão da realidade que poucos possuimos,daí ser tachada de 'meio-doida','esquisita',etc.Esse trecho sinteitza todo o amor de Caio por Clarice.E Alexandre,você já leu as cartas?Imperdível,com certeza.
Um abraço.