"O sentimento do irreparável gelou-me de novo. E eu compreendi que não podia suportar a idéia de nunca mais escutar esse riso. Ele era para mim como uma fonte no deserto.
— Meu bem, eu quero ainda escutar o teu riso ...
Mas ele me disse:
— Faz um ano esta noite. Minha estrela se achará justamente em cima do lugar onde caí o ano passado ...
Meu bem, não será um sonho mau essa história de serpente, de encontro marcado, de estrela?
Mas não respondeu à minha pergunta. E disse:
— O que é importante, a gente não vê ..."
Não me canso de ler a este livro, mesmo que digam que ficou estereotipado como "livro de concurso de miss". Considero, como Clarice Lispector, que o melhor sempre está nas entrelinhas. As amizades vêm e vão, sem motivo particular aparente. Mas têm seu tempo, e é inútil debater-se sobre uma despedida. Pois como já disse o Pequeno Príncipe, o que é importante a gente não vê.
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