sábado, 5 de abril de 2008

Cora Coralina


Aproveitando o dia livre para escrever sobre uma poetiza que há muito me agrada e a quem admirava demais. Num país em que muitos quarentões já têm medo de enfrentar o mercado de trabalho, Cora sempre foi mulher batalhadora e publicou seu primeiro livro aos 75 anos (isto mesmo: SETENTA E CINCO).

Há um artigo na Wikipédia em português muito bem escrito sobre ela e abaixo coloco um de seus textos que mais me encantam:

"Não sei... se a vida é curta ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais.
Mas que seja intensa, verdadeira, pura...
Enquanto durar"

(Cora Coralina)
(as duas fotos, no começo e fim deste post, retiradas da internet, através do Deus Google, mostra como a passagem do tempo é para todos, mas certamente de modo bem mais bondoso que as desfigurações artificiais que temos visto nas últimas décadas...)

3 comentários:

Alberto Pereira Jr. disse...

eu tenho medo das senhouras desfiguradas com as plásticas...

lindo poema

:)

Alexandre Lucas disse...

E eu adoro velhinhas ao natural como minha avó, que tem 91 anos e parece 70 :)

Gui Sillva disse...

adoro esse texto. revigora a vontade de acreditar sempre nos sonhos!