sábado, 8 de maio de 2010

DE MÃO BEIJADA - de sábado


No artigo anterior citei um delicioso chá de alfazema com erva-mate, gelado, em plena madrugada de agradáveis 17°C na cidade de São Paulo.

Pouca gente sabe que a alfazema é um dos sinônimos mais populares da lavanda, planta de lindas flores azuis (cor relativamente incomum na natureza - à exceção honrosa do céu, onde deve-se aos titânicos volumes de nitrogênio a filtrar a luz solar). Meus amigos mais chegados e minha mãe sabem que se trata de meu perfume predileto. Rivaliza com o eucalipto e o sândalo, mas acerca deles falarei em outra oportunidade.

Em 07 de agosto de 2009 escrevi neste blog sobre a mesma alfazema como perfume, aqui. Lá podem-se ver fotos ilustrativas. À época escrevi:
Para quem não sabe, lavanda é uma flor nativa das Ilhas Canárias, Sul da Europa, Arábia, África e Índia. As flores são lindas e de um azul arroxeado. No Brasil o aroma associou-se à infância por ter sido escolhido para a fragrância da água de colônia "Johnson's baby lavanda", bastante tradicional. Digo que é colo de mãe engarrafado.
Por essas coisas da vida abri a embalagem fechada e comprada com amigos em passeio a Sorocaba mês passado somente nesta véspera de Dia das Mães. Não, não acredito em coincidências.

A alfazema é erva do campo e, além do cultivo comercial, cresce em inúmeros jardins mundo afora. Existem várias subespécies e não vou me arvorar a arroubos de botânica e tampouco chatear à dúzia de leitores com detalhes.

Além de ornamentais, são muito usadas em arranjos florais secos, em potpourris, como decoração de bolos e doces , como sachês de armários de roupas - pois afastam insetos e parasitas - dentre tantos outros usos. Seu óleo, além de usado na aromaterapia é antisséptico. O chá, sempre em infusão, tem alegados efeitos aromáticos, estimulantes, diuréticos e contra a asma. Pode ser que seja verdade, pois recomenda-se evitar o consumo contínuo pois atingem-se doses tóxicas que caracteristicamente são... excitatórias! Em doses pequenas é considerado calmante e relaxante. Bem diz o ditado que a diferença entre o remédio e o veneno pode estar apenas na dose.

Seu conhecimento e uso doméstico sabido remonta aos romanos. Por isto, onde era usada para lavar roupa, a palavra latina deu-lhe um de seus nomes: lavanda, de lavare, lavar.

Para fechar, citei que associei na infusão pequena quantidade de lavanda seca à nossa erva-mate, não com menos qualidades. Não falarei sobre o chá mate hoje, mas esclareço que o fiz, mais uma vez por razões afetivas e infantis. Sempre foi o chá predileto de minha mãe, e acabou sendo o meu. Eu que, ao contrário dela, também aprecio chá preto (do Ceilão ou da China).

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