Este RH deve ser uma repartição (termo do gosto do Pavi) discreta, mas temos o direito de, vez ou outra, impetrar recurso junto às Chefias - lembrem-se, temos duplo vínculo - para reclamar de desdobramentos do destino - sim, ele existe - que consideremos estejam no caminho errado.
Desta vez assumi a responsabilidade de Diretor Geral desta bodega - o Pavi refere-se como "encarregado da repartição", e por este deboche ainda deve ser disciplinado - e enviei de própria responsabilidade o "Recurso Extraordinário 01/2009 A.D.". Sim, o primeiro do ano, visto que somos um departamento operacional e não instância de recursos. Mas por acaso sou brasileiro, indignidado com o plano que atribuem ao PT de "20 anos no poder". Assisti calado ao candidato em que votei - assumo, mas apenas no primeiro mandato - manter as políticas econômicas e fiscais do PSDB. Assisti ao Bolsa Família, compra deslavada de votos travestida de distribuição de renda. Argumentei que nos países hoje desenvolvidos distribuiu-se renda com empregos através de grandes e múltiplas obras públicas.
Tábata enviou o recurso, protocolando-o nas instâncias superiores. Fiquei depois temeroso de que tivesse me excedido nas palavras.
Para minha surpresa, horas depois, Tábata entra correndo para anunciar com pompa e circunstância que um dos Chefes - Lúcifer - faria-se presente.
Este me disse em sua voz doce, porém amendrontadora:
Para a Dilma enviamos o linfoma, para o vice outra diabrura, para o Palocci uns probleminhas legais com o STF.
Ousei argumentar: E o Lulla?
Ele sorriu e disse: o que é dele está guardado.
Resta esperar que o babado é certo!
(esta, obviamente, é uma obra de ficção).
Um comentário:
E a vida também pode imitar a arte... Só pra constar.
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