sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

BALADA NO CAVALÃO

Mal cheguei e os funcionários menores já me apontam, nas alcovas, nos corredores e às minhas costas, como megero. É que sou workaholic. Liguei para Tábata, a estagiária mais velha aqui do RH, que está no Rio de Janeiro. Repreendi-a, pois ela tem se dirigido ao chefe (Alê) com monossílabos e, ademais, não cumpriu a missão de achar um amigo no Morro do Cavalão (Niterói). Exigi que me mandasse um relatório da incursão. Veio assim:

A tarde morre bem tarde
No morro do Cavalão...
Tem um poder de sossego.
Dentro do meu coração

(...)

E a vida passa depressa
No morro do Cavalão
Entre tantas flores, tantas
Flores tontas, parasitas
Parasitas da nação.

(...)

Menina, me diz um verso
Bem cheio de ingratidão?
– Era uma vez um poeta
No morro do Cavalão
Tantas fez que a dor-de-corno
Bateu com ele no chão
Arrastou ele nas pedras
Espremeu seu coração
Que pensa usted que saiu?
Saiu cachaça e limão.

TÁBATA!!! Você está achando que eu sou burro? Esse poema é do Vinícius, "Balada do Cavalão"! Mas Tábata, tarimbada, respondeu à altura que "no Cavalão, proliferam ações sociais e os visitantes não precisam de licença de bandidos para entrar. A paz, há quase 3 anos, subiu o morro em viaturas azuis-e-brancas. Você queria o que, Don Pavinatto? Que eu descrevesse o Pico da Colina Maldita (Bezerra da Silva)?". Desculpe, Tábata... Esse negócio de subir o Cavalão... O melhor é estar debaixo dele, né?

4 comentários:

Alexandre Lucas disse...

Tábata, essa eterna danadinha...

Anônimo disse...

E ela cavalgou?

Pavinatto disse...

Não entramos nessas intimidades com os funcionários. Já temos problemas demais com a Justiça do Trabalho. RÁRÁRÁ

Alexandre Lucas disse...

Por isso incrementamos nosso jurídico ;)