Uma das coisas mais dificeis de Campo Grande é fator pegação. Impressionante o quanto de cyber-enrustidos a cidade tem. Aqueles se adoram se jogar nos bate-papos da vida, nos sites de relacionamento mas que apenas procuram uma coisa: sexo. Apenas sexo e nada mais. Não que sexo sem compromisso seja horrivel, não vou ser hipócrita de dizer isso. O problema é que aqueles que assumem no mundo.com não o fazem na vida real. É só entrar em qualquer tipo de caça às 15h de uma segunda-feira para conferir que o negócio tá fervendo. O lance é que o que acontece fica restrito apenas a um encontro esporádico e que a maioria dos que ali estão fazem questão de atacar aquele cara que diz que freqüenta balada gls, que faz questão de dizer o que é sem rodeios..."Não vou a balada gay, não sou curto quem é assumido e principalmente: Não sou Gay!" Hora faça-me o favor, o sujeito tá ali procurando uma relação com outro do mesmo sexo e não é gay? É o que então? Digo isso porque dia desses presenciei uma cena dessas. Um habitué de disponivel criticava um grupo de mocinhos mais resolvidos. A cena foi meio triste e revoltante ao mesmo tempo. Como alguem que sempre procura a de prazer, prazer pode criticar alguem que apenas anda ou fala de um modo diferente?
Loge de mim querer definir a sexualidade de cada um.Querer dizer o que cada um deve gostar. Não sou padre, não brinco de religioso ou qualquer coisa do tipo, mas aceitar que a Bill do armário ataque a pão-com-ovo não dá. Isso não dá pra aceitar mesmo. No próximo dia 26 acontece a parada da diversidade de Campo Grande e já tem muita gente por aí disparando contra, dizendo que isso é que faz as pessoas terem preconceito.O que faz o preconceito ser maior ainda é quem tem preconceito contra si mesmo.
9 comentários:
As pessoas enrustidas são as mais perigosas, nunca se esqueça disso.
Celso, faço suas minhas palavras, mas admito que as bees do "Brasil Profundo" não tem a rede de proteção social de que dispomos aqui em SP e sofrem muitos mais tipos de discriminação. COMPLICADO =(
Pegando exatamente o titulo do teu post, quando se aponta um dedo, 3 estão voltados pra si mesmo. Ou seja, a gente só aponta no outro o que a gente tbm tem. No caso dos enrustidos, em geral são pessoas com muito medo de ser quem eles (sabem que) são. Porém, o mesmo "apontar o dedo" serve pra quem os "ataca", no sentido que, ainda que eles não gostem de quem é mais assumido e falem mal, é preciso entender que mesmo o mais assumido dos gays tbm tem preconceitos e medos, e nem por isso se torna um ser pior que os outros. Por último, eu diria que só dá pra ter medo do que a gente acredita que possa nos fazer mal. Eu não acho que um enrustido possa me fazer algum, por isso eu vivo feliz longe do armário claustrofóbico.
Ah, complicado isso. Mas quanto mais opressora a cidade, mais a tribo dos cyber-enrustidos cresce...
Meu querido, interior do país é assim. Aqui em Goiânia as coisas não são diferentes, mas pelo menos temos grupos que estão tentando levar diferente e conseguindo mudanças sociais.
Hehe... eu adoro esse lance de "não, eu não sou gay, eu só como"... Alguém precisa explicar pro povo que se está ali atrás disso, não importa se come ou dá, é gay do mesmo jeito!
abraço!
e pra mim, quem come é mais gay que quem dá! Pra se excitar com um corpo masculino... :P (kkkkk) falei.com
Mas é aquela coisa. sair do armário é um processo. tem várias fases. no começo, o povo fica criando mil explicações pra não se ver incluído naquele grupo e, só aos poucos, vai aceitando a realidade (óbvia) que estava diante de si.
Mas sorte daqueles que o fazem mais cedo. Eu levei uns 3 anos para me aceitar completamente (dos 21-24). Imagina O QUANTO eu podia ter aprontado se tivesse começado mais novo, tipo, aos 16, 17? :PPP
hahaha
Bom, pelo menos eu não casei e tive filhos (UERRO!)
sem muita paciência para pessoas enrustidas...mas é difícil, eu sei!
Ninguém disse que seria fácil...
Postar um comentário